Introdução:
Saltos ornamentais ou saltos para a água são os nomes dados ao conjunto de habilidades que envolve saltar de uma plataforma elevada ou trampolim em direção à água, executando movimentos estéticos durante a queda. É considerado um esporte de técnica plástica e flexível. Oriundo de um movimento natural do ser humano, o ato de saltar, o esporte limita as possibilidades a uma plataforma de dez metros de altura, tendo seis quesitos avaliados.
Seu principal aparelho é o trampolim, no qual realizam seus treinamentos, que requer do saltador a destreza para utiliza-lo. Durante as competições, em virtude da complexibilidade de avaliação, vários árbitros são convidados a participar do julgamento calcado em cinco etapas. Em matéria de movimentos, os saltadores contam com um vasto número de realizações, todos dentro das quatro posições básicas, além das entradas, feitas de frente, de costas, ou em giro, de ponta cabeça ou de pé. Como esporte misto, conta com três provas. Seus praticantes, chamados de saltadores ornamentais, precisam ter habilidades como força e flexibilidade, além de desenvolverem características como audácia, coragem, perseverança, autoconfiança e concentração.
Regras:
As regras da Federação Internacional regem todas as competições para os Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais, copas do mundo e campeonatos mundiais juniores. Tais regras ainda estipulam os tamanhos oficiais das plataformas, trampolins e piscinas usados nos eventos, e a idade mínima de quatorze anos para competidores da elite sênior disputarem seus eventos internacionais.
Em competições oficiais, os saltos obrigatórios são divididos em duas categorias: com e sem limite de grau de dificuldade. Cada atleta então deve saltar cinco vezes do trampolim, saltos estes com limite de grau de dificuldade. Na plataforma, são quatro. Em saltos sem limite de dificuldade executados do trampolim, as mulheres apresentam cinco variantes e os homens, seis. Na plataforma, os homens saltam seis vezes e as mulheres, quatro. O mesmo tipo de salto não pode ser repetido.
Uma competição se inicia com o sorteio dos saltos antes das apresentações preliminares. Nesta primeira fase, os saltadores definem sua classificação para as semi-finais, cuja ordem de apresentação é inversa a da qualificatória, ou seja, o saltador com a pior nota será o primeiro desta etapa. O mesmo esquema será utilizado para a final, cuja menor nota definirá o iniciante da última fase
Em vias gerais, alguns detalhes são fundamentais para que um salto seja considerado bom. São eles: as passadas no trampolim ou na plataforma, o pulo para a ponta, a altura da saída, a precisão do salto, a entrada na água, e, para os casos das duplas, o sincronismo preciso em todas as fases do salto. Todas essas partes são julgadas em conjunto. O momento de saída deve mostrar controle e balanço. A altura que o saltador atinge é importante, pois significa mais tempo para a execução. Quanto maior a altura, maior a possibilidade de trabalhar a exatidão e a suavidade dos movimentos. A execução do salto envolve performance mecânica e técnica, mas também leveza e graça. A entrada na água é o último item que o juiz avalia. Nessa etapa, são considerados o ângulo de entrada, que deve ser de 90º entre o corpo do saltador e a linha da água, e a quantidade de líquido que espirra, já que, quanto menos água espalhar, mais reta foi sua chegada, ou seja, sua área de contato foi a menor possível.
Local de Prática:
Os saltos ornamentais utilizam de uma torre de concreto, que possui trampolins de salto e em geral acaba na altura da plataforma de mergulho, a dez metros da base, localizada em áreas cobertas ou fechadas, geralmente ginásios de natação e parques aquáticos. Nela, existem três tipos de locais para saltos. A que fica no ponto mais alto é a plataforma, que deve ter 6 m de comprimento por 2,6 m de largura, e sua prancha, onde o atleta caminha para saltar, deve ser ainda coberta com material antiderrapante; já o trampolim deve ser feito de alumínio, com 50 cm de largura e 4,8 m de comprimento, e precisa estar a 1 m ou 3 m acima do nível da piscina. Logo a frente da estrutura, está a psicina, que precisa ter um mínimo de cinco metros de profundidade, para evitar acidentes. Nela, ainda é preciso ter um equipamento que mantenha a água sempre em movimento, com a formação de ondas mínimas para que os atletas possam vê-la e assim calcular melhor seus saltos.
Competições:
É vasta a quantidade de campeonatos de saltos ornamentais, seja no âmbito mundial, seja no âmbito nacional, em particular em algumas nações. Abaixo pode-se ver uma lista das principais competições da modalidade. Os campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo são:[33]
Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos, reúne os saltadores ornamentais classificados para os eventos, seja em dupla, seja individualmente.
Campeonato Mundial: realizado desde 1973 é também uma competição global.
Grand Prix: realizados anualmente desde 1995, conta com a participação de atletas de todo o mundo.
Copa do Mundo: realizadas a cada dois anos, as copas são um evento exclsivo dos saltos ornamentais, a exemplo do Grand Prix.
Existem ainda as competições regionais, conhecidas pela competitividade entre os desportistas participantes e nas quais se conhecem os favoritos continentais:[33]
Jogos Asiáticos: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações do continente asiático.
Jogos da Commonwealth: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações da Commonwealth.
Campeonato Europeu: competição realizada todos os anos desde 1999. Anteriormente, decorria-se de forma irregular, com intervalos viriáveis entre as edições.
Jogos Pan-Americanos: realizado de quatro em quatro anos. É onde reúnem-se os saltadores dos três continentes americanos (Sul, Central e Norte).
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